Preço da gasolina cai pela 7ª semana seguida nos postos de Rondônia; veja gráfico


Valor médio caiu quase 4% nas últimas semanas. Dados são foram divulgados pela ANP. Veja os valores da gasolina nas últimas 10 semanas
Marcelo Brandt/G1
O preço da gasolina caiu pela 7ª semana seguida nos postos de Rondônia, conforme revela levantamento divulgado neste fim de semana pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No último sábado (29), pelo menos 70 postos de combustíveis vendiam o litro por valor médio de R$ 4,60. O preço é quase 4% mais barato do que o registrado em 25 de maio, quando o consumidor pagava R$ 4,76 no litro.
Segundo a ANP, desde o fim de maio o preço da gasolina vem caindo no estado. Entre 1° e 8 de junho a queda no preço do litro foi de 1,47%, sendo esta a redução recorde em um período de sete dias.
Veja, abaixo, o valor médio do litro da gasolina que foi cobrado nas últimas dez semanas.
O número representa uma média calculada pela ANP com dados coletados em postos de diversas regiões. O preço, portanto, pode variar de acordo com o local pesquisado.
Outros combustíveis
A ANP também divulgou o preço do Diesel nos postos do estado. O combustível fechou a semana custando, em média, R$ 3,83.
E esse valor foi a média dos postos nas últimas 10 semanas no estado. Durante quatro semanas seguidas, de 11 de maio a 25 de junho, o litro do diesel foi vendido a R$ 3,90. Na primeira semana de junho o litro do diesel subiu para R$ 3,91.
Já o Etanol fechou o mês de junho custando R$ 3,86 na bomba. O preço do combustível vinha subindo desde o fim de abril, chegando a ser vendido a R$ 3,90 em maio.

fonte: G1 – June 30, 2019 at 05:15PM

#OGuiaOffshore

Formiga registra maior preço médio da gasolina e do etanol no Centro-Oeste de MG em junho; veja outras cidades


Dados acessados pelo G1 são da ANP. Gasolina e etanol sofrem queda no preço em postos em Araçatuba e Birigui
Reprodução/TV TEM
Formiga registrou o maior aumento no preço médio da gasolina e do etanol dentre os municípios pesquisados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) no Centro-Oeste de Minas em junho. Os dados foram acessados pelo G1 na tarde deste sábado (29).
As pesquisas da ANP foram realizadas ao longo do mês de junho em Bom Despacho, Divinópolis, Formiga, Itaúna, Oliveira e Pará de Minas.
Em junho, o preço médio para a gasolina em Formiga encontrado pela ANP nos postos da cidade foi de R$ 4,945. Veja no gráfico abaixo o valor médio encontrado nas cidades da região:
O segundo maior preço médio do combustível foi registrado em Pará de Minas, com a gasolina sendo vendida a R$ 4,873. Divinópolis teve o terceiro valor médio mais alto para o combustível, com R$ 4,837.
Nos postos de Oliveira, o valor médio encontrado para a gasolina foi de R$ 4,799. Já em Bom Despacho, a gasolina foi vendida, em média, a R$ 4,758 durante o mês de junho. Itaúna registrou a mesma faixa de preço, a R$ 4,752.
Etanol
Assim como na gasolina, o maior preço encontrado na região para o etanol foi registrado em Formiga. Na cidade, o valor médio do combustível em junho foi de R$ 3,192.
Pará de Minas teve o segundo maior preço médio do etanol na região, com R$ 3,122. Divinópolis foi R$ 3,092 e Oliveira foi de R$ 3,074.
Itaúna, com o preço médio de R$ 3,037, e Bom Despacho, com preço médio de R$ 3,023, registraram o menor valor encontrado na região.
Diesel
O preço médio mais alto do diesel foi registrado em Pará de Minas, a R$ 3,764. O segundo mais caro foi encontrado em Divinópolis, onde o combustível era vendido, em média, a R$ 3,724.
Em Formiga, o preço médio encontrado em abril foi de R$ 3,663. Já em Bom Despacho, o valor médio para o combustível foi de R$ 3,649.
Em Itaúna, o preço médio do diesel foi de R$ 3,648. O menor valor encontrado na região foi registrado em Oliveira, onde o combustível era vendido, em média, a R$ 3,578.

fonte: G1 – June 30, 2019 at 01:03PM

#OGuiaOffshore

Mensagens indicam que Lava Jato tratou OAS com desconfiança; Investidores buscam operações arriscadas. Jornais de domingo (30)


Veja quais são as notícias de destaque nos matutinos brasileiros A Folha de S.Paulo comenta novas mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil e destaca que integrantes da Operação Lava Jato trataram com desconfiança o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Segundo o matutino, Pinheiro só ganhou crédito depois de mudar várias vezes a sua versão sobre o envolvimento de Lula com o triplex no Guarujá (SP). 
Finalmente, em abril de 2017, mais de um ano depois do início das negociações, o empreiteiro apresentou a versão que incriminou Lula e afirmou que a reforma do apartamento era parte dos acertos com o PT para garantir contratos da OAS com a Petrobras. 
A Folha dá ênfase às mensagens de procuradores integrantes da força-tarefa da Lava Jato sobre a desconfiança em relação a Leo Pinheiro. 
Léo Pinheiro promete apresentar documentos que provam acusações contra Lula
Reprodução/RPC
Em um dos trechos divulgados, o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes teria dito que a empreiteira não queria dar informações sobre o apartamento do Guarujá, motivo pelo qual Lula foi condenado. “Sobre o Lula eles não queriam trazer nem o apt. Guaruja”. “Lava Jato via com descrédito empreiteiro que acusou Lula”, sublinha a manchete da Folha. 
O Estado de S.Paulo mostra que os investidores brasileiros estão se movimentando em direção a negócios mais arriscados numa decisão motivada pela taxa de juros mais baixa da história, de 6,5%. 
De acordo com o matutino, os investidores tentam compensar a queda da rentabilidade obtida com a renda fixa entrando em novos tipos de investimentos mais arriscados. O fenômeno é observado, por exemplo, no aumento do número de pessoas físicas investindo na B3, a bolsa de valores paulista. 
Em maio, esse número chegou a 1,1 milhão de pessoas. O Estadão alerta que, para entrar em operações mais arriscadas, o investidor deve ter diversificação e paciência, ou seja, garantir uma carteira com tipos diferentes de ativos e características, e tentar evitar o erro de comprar na alta e vender na baixa. 
Uma das opções para esses investidores é confiar em gestores profissionais por meio de fundos de investimento. “Com queda de juro, investidor migra para aplicação de risco”, mostra o título principal do Estadão. 
O Globo apresenta levantamento feito a partir de dados do Ministério da Saúde e destaca que, a cada 15 minutos, em média, uma morte é registrada nas ruas e estradas de todo o Brasil. O matutino carioca mostra que, nos últimos 20 anos, foram registrados 734.938 óbitos, número maior do que a população de Florianópolis, por exemplo. 
O alto índice de mortes gera um custo alto para o sistema único de saúde (SUS), que desembolsou cerca de R$ 5,3 bilhões entre 1998 e 2018 com procedimentos médicos relacionados ao trânsito. 
Especialistas ouvidos pelo Globo afirmam que as mudanças propostas pelo governo Bolsonaro, como a elevação do limite de pontos na carteira de habilitação e o aumento da tolerância com maiores velocidades podem piorar o cenário de mortes no trânsito brasileiro. “País tem um morto a cada 15 minutos no trânsito”, revela a manchete do Globo.

fonte: G1 – June 30, 2019 at 10:07AM

#OGuiaOffshore

Mensagens indicam que Lava Jato tratou OAS com desconfiança; Investidores buscam operações arriscadas. Jornais de domingo (30)


Veja quais são as notícias de destaque nos matutinos brasileiros A Folha de S.Paulo comenta novas mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil e destaca que integrantes da Operação Lava Jato trataram com desconfiança o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Segundo o matutino, Pinheiro só ganhou crédito depois de mudar várias vezes a sua versão sobre o envolvimento de Lula com o triplex no Guarujá (SP). 
Finalmente, em abril de 2017, mais de um ano depois do início das negociações, o empreiteiro apresentou a versão que incriminou Lula e afirmou que a reforma do apartamento era parte dos acertos com o PT para garantir contratos da OAS com a Petrobras. 
A Folha dá ênfase às mensagens de procuradores integrantes da força-tarefa da Lava Jato sobre a desconfiança em relação a Leo Pinheiro. 
Léo Pinheiro promete apresentar documentos que provam acusações contra Lula
Reprodução/RPC
Em um dos trechos divulgados, o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes teria dito que a empreiteira não queria dar informações sobre o apartamento do Guarujá, motivo pelo qual Lula foi condenado. “Sobre o Lula eles não queriam trazer nem o apt. Guaruja”. “Lava Jato via com descrédito empreiteiro que acusou Lula”, sublinha a manchete da Folha. 
O Estado de S.Paulo mostra que os investidores brasileiros estão se movimentando em direção a negócios mais arriscados numa decisão motivada pela taxa de juros mais baixa da história, de 6,5%. 
De acordo com o matutino, os investidores tentam compensar a queda da rentabilidade obtida com a renda fixa entrando em novos tipos de investimentos mais arriscados. O fenômeno é observado, por exemplo, no aumento do número de pessoas físicas investindo na B3, a bolsa de valores paulista. 
Em maio, esse número chegou a 1,1 milhão de pessoas. O Estadão alerta que, para entrar em operações mais arriscadas, o investidor deve ter diversificação e paciência, ou seja, garantir uma carteira com tipos diferentes de ativos e características, e tentar evitar o erro de comprar na alta e vender na baixa. 
Uma das opções para esses investidores é confiar em gestores profissionais por meio de fundos de investimento. “Com queda de juro, investidor migra para aplicação de risco”, mostra o título principal do Estadão. 
O Globo apresenta levantamento feito a partir de dados do Ministério da Saúde e destaca que, a cada 15 minutos, em média, uma morte é registrada nas ruas e estradas de todo o Brasil. O matutino carioca mostra que, nos últimos 20 anos, foram registrados 734.938 óbitos, número maior do que a população de Florianópolis, por exemplo. 
O alto índice de mortes gera um custo alto para o sistema único de saúde (SUS), que desembolsou cerca de R$ 5,3 bilhões entre 1998 e 2018 com procedimentos médicos relacionados ao trânsito. 
Especialistas ouvidos pelo Globo afirmam que as mudanças propostas pelo governo Bolsonaro, como a elevação do limite de pontos na carteira de habilitação e o aumento da tolerância com maiores velocidades podem piorar o cenário de mortes no trânsito brasileiro. “País tem um morto a cada 15 minutos no trânsito”, revela a manchete do Globo.

fonte: G1 – June 30, 2019 at 10:07AM

#OGuiaOffshore

Trio de cordas e pianista Ney Fialkow apresentam concertos em Artur Nogueira e Cosmópolis


Programação gratuita faz parte dos Concertos Petrobras-EPTV. Música clássica será apresentada neste domingo (30) em Artur Nogueira e na terça (2) em Cosmópolis. Ney Fialkow
Leandro Taques/Divulgação
Artur Nogueira (SP) e Cosmópolis (SP) recebem uma programação gratuita dos Concertos Petrobras-EPTV neste domingo (30) e na próxima terça-feira (2). A música clássica fica por conta do trio de cordas Pablo de León, Horácio Schaefer e Roberto Ring, que se une ao pianista Ney Fialkow.
Eles vão executar o “Quarteto de piano nº 2 em mi bemol maior, K 493” de Mozart e o “Quarteto para piano e cordas em mi bemol maior, Op. 47” de Schumann, obras dos períodos clássico e romântico, respectivamente. A classificação é livre.
Em Artur Nogueira, o concerto será neste domingo às 20h no Centro Pastoral São João Paulo II, na Rua Santo Antônio 65, Centro.
Em Cosmópolis, a apresentação acontece na terça-feira às 20h no Teatro da Escola Paulo Freire, localizado na Rua Sete de Abril 649, Damiano.
Veja mais notícias da região no G1 Campinas

fonte: G1 – June 29, 2019 at 07:57PM

#OGuiaOffshore

Preço da gasolina cai R$ 0,21 em uma semana nos postos de combustíveis de Fortaleza


No Ceará, a variação no preço médio da gasolina sinalizou queda de 4,12%, permanecendo em R$ 4,461 o litro. Dados da ANP indicam redução de 4,60% no valor em relação à primeira semana do mês.
Reprodução/TV TEM
O preço médio do litro da gasolina em Fortaleza registrou redução de 4,60% e caiu R$ 0,21 na última semana de junho, entre os dias 23 e 29, na comparação com a primeira semana do mês (de 2 a 8 de junho).
As informações foram divulgadas neste sábado (29) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo o levantamento, o preço médio atual é de R$ 4,388 o litro, contra R$ 4,600 no início de junho. A pesquisa foi realizada em 101 postos da capital.
Já no Ceará, a variação no preço médio da gasolina sinalizou queda de 4,12%, permanecendo em R$ 4,461 o litro na última semana de junho, contra R$ 4,653 no início do mês. Ao todo, 221 estabelecimentos foram consultados para o levantamento.
Ainda conforme dados da ANP, o maior valor registrado do litro da gasolina no estado, na última semana de junho, foi de R$ 4,870, e o mínimo R$ 4,300.
Etanol
Segundo o documento da agência, o preço médio do etanol teve redução de 0,39% no Ceará e uma leve alta de 0,13% em Fortaleza, em junho.
No estado, o valor do litro passou de R$3,806 para R$ 3,791. Já na capital, o combustível foi de R$ 3,790 no início de junho para R$ 3,795 no fim do mês.

fonte: G1 – June 29, 2019 at 03:33PM

#OGuiaOffshore

Homens são presos transportando granada, arma e drogas em rodovia da Região dos Lagos do Rio


Operação da PM foi realizada nesta sexta-feira (28) na RJ-106, em São Pedro da Aldeia. O material era levado de Macaé para abastecer o tráfico em comunidades da região, segundo informações da Polícia Federal. PM apreende grande quantidade de drogas em São Pedro da Aldeia, no RJ
Dois homens foram são presos nesta sexta-feira (28) transportando granada, arma, munições e grande quantidade de drogas na RJ-106, na altura do bairro Balneário, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio.
Os materiais estavam dentro de dois carros que foram interceptados pela Polícia Militar na rodovia Amaral Peixoto. A apreensão foi feita após a PM receber informações da Polícia Federal, em Macaé, sobre um carregamento que abasteceria o tráfico em comunidades da região.
Carro foi apreendido com drogas na RJ-106
Polícia Militar / Divulgação
Além da granada e de uma pistola, foram apreendidos mais de 33 mil cápsulas de cocaína, seis mil buchas de maconha e 1.040 papelotes de skank. Os dois veículos também foram levados para a delegacia de São Pedro.
Uma pistola e uma granada também foram apreendidas na ação da PM
Polícia Militar / Divulgação
O caso foi registrado na 125ª DP, em São Pedro da Aldeia, e os homens foram autuados por tráfico na 126ª DP, em Cabo Frio, e vão ficar presos, ainda de acordo com a PM.
Veja mais notícias da região no G1 Região dos Lagos.

fonte: G1 – June 29, 2019 at 01:23PM

#OGuiaOffshore

Número de emigrantes da Venezuela pode dobrar e chegar a 8 milhões, diz OEA


Entidade estima que até o fim do ano que vem o número de pessoas que saem da Venezuela pode dobrar. Venezuelanos usam rotas clandestinas para chegar ao Brasil
Jackson Félix/G1 RR
Cerca de 5.000 venezuelanos saem do país por dia, de acordo com dados da Organização dos Estados Americanos (OEA) publicado na sexta (28).
Número de venezuelanos fora do país deve chegar a 5 milhões em 2019
Da chegada na fronteira à interiorização: projeto em São Paulo ajuda na acolhida de imigrantes da Venezuela
O número de imigrantes do país produtor de petróleo pode dobrar e chegar a 8 milhões até o fim de 2020. As profundas crises política e econômica dominaram a pauta de uma assembleia da OAS que aconteceu durante a semana em Medelim, na Colômbia.
Os representantes do Uruguai saíram de uma sessão na quinta (27), em protesto ao reconhecimento da legitimidade de uma delegação da oposição da Venezuela.
A ONU estima o número de venezuelanos fora do país em 4 milhões.
“Esse é o maior fluxo de migrantes na história da região e o segundo maior do mundo –atrás do da Síria, que esteve em guerra durante oito anos”, disse David Smolansky, o coordenador do relatório.
Países que mais receberam venezuelanos
Guilherme Gomes/G1
Cerca de 1,3 milhão de venezuelanos vivem hoje na Colômbia, que recebeu a maior parcela dos imigrantes.
O Peru abriga 850 mil, e o Equador, 263 mil.
No ano passado, 101 venezuelanos morreram ao chegar a outra nação.
Um venezuelano recebe 2% da ajuda financeira de um sírio
Os países latino-americanos têm repetidamente pedido à comunidade internacional para aumentar a ajuda para atender as necessidades médicas, de educação e de abrigo.
A comunidade internacional prometeu ajudar com US$ 738 milhões (cerca de 2,8 bilhões), mas 21% desse valor foi de fato foi recebido, de acordo com Carlos Holmes Trujillo, ministro de Relações Exteriores da Colômbia.
“A resposta a esse pedido global é cada vez mais fraca e lenta”, disse ele.
Em média, um refugiado sírio recebe cerca de US$ 5.000 (R$ 19 mil) em ajuda, e o venezuelano, US$ 100 (R$ 383).
A hiperinflação venezuelana e a falta de comida e medicamentos fizeram com que as regiões de fronteiras ficassem sobrecarregadas, e os países vizinhos saíram em busca de apoio.
Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela, diz que o país é vítima de uma guerra econômica liderada pelos Estados Unidos.
O rival de Maduro, Juan Guaidó, é reconhecido por parte dos 35 membros da OEA como o líder.
Em janeiro, Guaidó se autoproclamou presidente, ao dizer que a reeleição de Maduro, em 2018, não é legítima.

fonte: G1 – June 29, 2019 at 12:48PM

#OGuiaOffshore

Brasil tem muito a ensinar sobre meio ambiente à Alemanha?


Críticas entre Merkel e Bolsonaro jogam luz sobre retrocessos ambientais e compromissos internacionais contra emissão de gases poluentes; veja como os dois países se destacam nessas áreas. Alemanha é a segunda maior contribuinte global para fundo de preservação desse bioma
Rede Globo/Reprodução
Mesmo antes de as reuniões no fórum do G20 começarem, a política ambiental do governo de Jair Bolsonaro já gerava discussões e troca de acusações.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse, na quarta-feira (26), considerar “dramática” a situação do Brasil em questões de meio ambiente e direitos humanos, ao que o presidente brasileiro respondeu que “a Alemanha tem muito a aprender com o Brasil” nessa área.
O presidente Jair Bolsonaro e a chanceler alemã Angela Merkel em encontro do G20
Brendan Smialowski / AFP
Como a Floresta Amazônica recebe dinheiro internacional para sua preservação e é considerada a maior reserva de biodiversidade do mundo, não é incomum que seja alvo de discussões internacionais. A Alemanha é a segunda maior doadora – com R$ 192,6 milhões até agora, atrás só da Noruega – do Fundo da Amazônia, que promove iniciativas para conservar a floresta brasileira.
No primeiro dia do G20, Bolsonaro diz que Brasil permanece no Acordo do Clima
G20: Líderes dos Brics afirmam estar comprometidos com os objetivos do Acordo de Paris
Será possível, porém, dizer, qual país pode ensinar o outro em proteção ambiental? A comparação feita pelo presidente faz algum sentido? O Brasil tem algo a ensinar sobre preservação do ambiente?
A BBC News Brasil ouviu especialistas que afirmam que é difícil comparar os dois países porque boa parte das diferenças entre eles na área envolvem questões históricas e geográficas.
Copa das árvores na Amazônia
Marcelo Brandt/G1
Além disso, dizem, discutir política ambiental não é uma questão de quem sai ganhando ou perdendo.
“A destruição do ambiente é um problema que precisa ser abordado de maneira global, e quando o ambiente é destruído, todos perdem”, afirma o geógrafo Mário Mantovani, diretor de mobilização da ONG SOS Mata Atlântica.
No entanto, é possível dizer onde cada país tem ou não avançado – e onde falta avançar.
“O Brasil já teve de fato avanços na questão da preservação, mas não foram conquistas do Bolsonaro, (…) que desmontou os órgãos de fiscalização e destruiu mecanismos que vinham garantindo pequenas conquistas”, afirma Mantovani. É importante lembrar, diz ele, que as críticas feitas por Merkel não foram ao Brasil como nação ou ao Estado brasileiro, mas ao governo Bolsonaro.
Aquecimento global: década pode ser a mais quente da história, diz agência britânica
Um amplo estudo científico publicado em maio afirma que Brasil é hoje – ao lado dos EUA – líder mundial em retrocessos ambientais. “Antes campeões em conservação global, Estados Unidos e Brasil estão agora liderando uma tendência mundial preocupante de grandes retrocessos na política ambiental, colocando em risco centenas de áreas protegidas”, diz comunicado divulgado pela Associação Americana Para o Avanço da Ciência.
Veja, a seguir, um panorama de ambos os países no que diz respeito a energia, florestas e compromissos ambientais.
Diferenças históricas
É bom lembrar que Brasil e Alemanha têm história e geografia completamente diferentes, que ditaram sua ocupação urbana, sua matriz energética e suas fontes de renda.
“A Alemanha tem uma história de ocupação extrativista de milhares de anos, além de um território menor, com maior densidade populacional”, explica Mário Mantovani.
Enquanto no Brasil, diz ele, pode se considerar que a ocupação tem 500 anos, porque os povos que viviam antes da colonização não tinham um impacto negativo no ambiente.
Outro exemplo é o fato de o Brasil ter maior abundância de rios, que favorecem uma matriz energética com menos emissão de CO2, além de uma economia mais voltada à agricultura do que a alemã. Isso impede comparações exatas entre os dois países.
Emissões e aquecimento global
Para o Greenpeace, a Alemanha ainda está longe de ser um exemplo ideal – ainda investe menos em proteção ambiental do que promete, segundo a ONG, e tem grande parte de sua matriz energética dependente do carvão e do petróleo, que são grandes fontes de emissão de gases que contribuem para as mudanças climáticas.
Segundo o Projeto Global do Carbono, a Alemanha emitiu em 2016 um total de 89,83 bilhões de toneladas de CO2, contra 13,88 bilhões de toneladas do Brasil – quantidade que, embora seja muito menor que a alemã, é considerada alta por especialistas, especialmente considerando nosso nível menor de industrialização.
Alemanha é um dos maiores emissores globais de CO2; tem, porém, assumido compromissos para reduzir isso
Pixabay/Reprodução
Só que, sob pressão de suas populações, países europeus como a Alemanha têm assumido (e cobrado) compromissos cada vez maiores com a preservação ambiental, diz à BBC News Brasil Marcio Astrini, coordenador de políticas públicas do Greenpeace. Ele vê o rumo oposto no Brasil.
“O caminho de países como a Alemanha ainda é insuficiente, mas o Brasil está no caminho oposto: Bolsonaro tem incentivado o desmatamento, coloca em dúvida o Acordo Climático de Paris (principal acordo internacional de redução de emissões de gases do efeito estufa) e sua diplomacia coloca em dúvida a própria existência (do aquecimento global)”, diz.
Ele se refere ao texto escrito pelo chanceler Ernesto Araújo, dizendo que a defesa ambiental foi “pervertida” pela esquerda e transformada na “ideologia da mudança climática”.
“O Brasil deu um cavalo de pau no que fazia até agora em questão climática e sai de uma posição em que tentava ajudar (a preservação ambiental) para uma de vilão climático”, afirma Astrini.
Para Mantovani, a postura do governo Bolsonaro em relação ao ambiente faz com que ele não esteja em posição de questionar a Alemanha.
“Como alguém que ameaça sair do Acordo de Paris pode questionar Alemanha, mesmo que o país seja um grande emissor, quando ela tem um compromisso de redução que esse governo não assume?”, questiona.
Destruição de matas nativas
Segundo a Comissão Europeia, os países da União Europeia, incluindo a Alemanha, abrigam hoje apenas 5% das florestas mundiais, depois de terem passado por um longo processo de desmatamento para a ocupação humana e a industrialização – o que tem exigido volumosos investimentos para a recuperação de matas nativas.
O Brasil, porém, teve processo histórico de destruição semelhante, aponta Izabella Teixeira, que foi ministra do Meio Ambiente nos governos Lula e Dilma (2010 a 2016).
“Temos duas florestas tropicais, e uma delas, a Mata Atlântica, foi destruída pelo desenvolvimento – só 10% estão hoje preservados”, afirma a ex-ministra à BBC News Brasil.
Mantovani afirma que, mesmo que já tenhamos conseguido reduzir o ritmo do desmatamento do passado – o país teve um período de queda de 70% nas taxas de desmatamento em 2013, na comparação com média entre 1996 e 2005, mas depois as taxas voltaram a subir.
Brasil tem matriz energética menos poluente, mas mais dificuldade em preservar suas florestas, diz Greenpeace
Ministério de Minas e Energia/Reprodução
Os especialistas citam como ameaça, por exemplo, a revisão das unidades de conservação, que, segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, poderão ter a área recalculada ou mesmo serem extintas. O ministro diz que as unidades foram feitas “sem critério técnico”.
Também há um projeto em andamento do senador carioca Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente, que quer acabar com as reservas legais, áreas protegidas de mata nativa em propriedades rurais que não podem ser desmatadas.
“Isso pode resultar em um desmatamento desastroso”, diz Mantovani. Além disso, aponta, houve um desmonte do mecanismo de fiscalização, que, segundo ele, já não recebia recursos suficientes. Bolsonaro chegou a chamar o Ibama de “indústria da multa”.
Matriz energética
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) compilados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), 60,7% da energia elétrica brasileira vem de hidrelétricas e há porcentagens importantes de outras fontes renováveis: 8,6% de biomassa e 8,7% de energia eólica, por exemplo. Segundo o relatório BP Energy Outlook, esses são os maiores índices encontrados em qualquer país.
A Alemanha, em contrapartida, ainda é muito dependente da energia vinda do carvão para alimentar suas indústrias e aquecer seus lares, diz Astrini, do Greenpeace.
Segundo a agência Bloomberg, em 2018, cerca de 35% de sua produção de energia vinha de diferentes tipos de carvão (contra 1,9% do Brasil), uma fonte extremamente poluente.
O país europeu comprometeu-se em janeiro a fechar todas as suas usinas de carvão ao longo dos próximos 19 anos, como parte de seus compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas. Ambientalistas, porém, têm pressionado para que esse prazo seja encurtado.
Amazônia
A Floresta Amazônica é questão central no debate ecológico internacional. O Brasil vinha conseguindo reduzir o desmatamento e tinha posição de destaque nas cúpulas climáticas internacionais, diz Astrini.
Observar aves na Amazônia é uma tarefa mais desafiadora do que em regiões de cerrado, pois muitas aves estão escondidas dentro da floresta e se movem com frequência
Samuel Melim/ Divulgação
No entanto, dados oficiais divulgados no final de 2018 de monitoramento da Amazônia apontaram um aumento de 13,7% no desmatamento em relação aos 12 meses anteriores – uma perda de 7,9 mil quilômetros quadrados, o equivalente a mais de cinco vezes a área de cidade de São Paulo, informou a ONG ambiental WWF. Foi a maior taxa desde 2009.
Em dez anos, um fundo internacional (o Fundo Amazônia) financiado sobretudo por Noruega e Alemanha injetou cerca de R$ 1,8 bilhão em projetos de preservação, mas sua eficácia foi alvo de questionamentos do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles – o que também gerou crítica de ambientalistas e mal-estar com doadores internacionais.
“A proteção da Amazônia tem papel crucial no equilíbrio do clima do planeta, o que explica o interesse dos demais países pelo uso racional, e não para atentar contra a soberania brasileira”, diz a ex-ministra Izabella Teixeira.
Para Nicole Stopfer, chefe do Programa de Segurança Energética e Mudança Climática da fundação política alemã Konrad-Adenauer-Stiftung (KAS), “se olharmos a partir de uma escala global, 13% das emissões de gases do efeito estufa vêm do desmatamento, então reduzir esse desmatamento é crucial para a comunidade internacional. Por isso, faz sentido a atenção internacional (na Amazônia)”.
Líderes do G20 posam para foto tradicional em Osaka, no Japão
Ludovic Marin / AFP Photo
Em entrevista à BBC News Brasil no G20 em Osaka, Ricardo Salles disse que o governo insistirá na mensagem de que é preciso explorar as possibilidades econômicas da Amazônia, diversificando as atividades dentro e no entorno da floresta.
G20 termina com apoio dos países aos fundamentos do livre-comércio
Ele ainda disse que o governo brasileiro vai exigir que países ricos paguem compensações a produtores rurais brasileiros se quiserem que o Brasil conserve mais a floresta.
Energia renovável e tecnologia
O relatório BP Energy Outlook de 2018 afirma que o Brasil foi o segundo maior consumidor global de biocombustíveis em 2016 e manterá essa posição até 2040, quando é esperado que um quarto de todos os combustíveis líquidos consumidos no país serão dessa fonte. O relatório também diz que as energias eólica e solar crescem “de forma relevante” no país. Esse potencial, porém, é subaproveitado, diz Astrini, do Greenpeace.
Exemplo de energia renovável
Pexels/Reprodução
A Alemanha, em contrapartida, é líder global em capacidade de produção de energia solar per capita, informa a Bloomberg. “Lá, de 8% a 10% da produção energética alemã é solar, contra 1% no Brasil”, diz o representante do Greenpeace.
“Isso apesar de a energia solar ser muito mais abundante aqui. Mesmo nossa pior área para energia solar é melhor do que a melhor área alemã. E o impacto econômico disso é grande: a energia solar tem o poder de tornar uma família livre de ter que pagar conta de luz. É algo que poderia ser uma política de geração de renda. E (a ausência disso) não é um problema deste governo, é algo histórico.”
A Alemanha também desponta em tecnologia verde, o que tem criado dividendos econômicos. Segundo Stopfer, do KAS, em 2017, “a indústria manufatureira alemã e o setor de serviços geraram 73,9 bilhões de euros (R$ 321 bi) na venda de produtos, obras e serviços voltados à proteção ambiental”. Ou seja, o comprometimento da Alemanha com tecnologias limpas já é parte importante da sua economia e do mercado de trabalho.
Em tecnologia agrícola, os especialistas afirmam que o Brasil já tem capacidade para produzir mais alimentos sem desmatar mais floresta, “mas é algo que ainda não fazemos e que nos daria uma grande vantagem competitiva”, opina Astrini.
Pressão internacional
A pressão veio também de outros países europeus. Bolsonaro também foi criticado pelo colega francês Emmanuel Macron, que afirmou que vetaria qualquer acordo comercial com o Brasil se o país deixasse o acordo climático de Paris. Nesta sexta, porém, ambos se encontraram e o Brasil (via comunicado dos Brics) manifestou compromisso com o pacto climático.
Asfalto que reduz emissões de CO2 sendo instalado em Stuttgart, na Alemanha, em abril; indústria voltada à proteção ambiental gera dividendos econômicos
Reuters
Horas depois, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia foi anunciado, e um dos termos estabelece que os países dos dois blocos econômicos se comprometeram a cumprir o Acordo de Paris.
“Outros analistas apontam também que o governo brasileiro terá de adotar um outro discurso na luta contra as mudanças climáticas se quiser o apoio da UE para sua demanda de entrar na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)”, aponta Stopfer, da fundação KAS.
No entanto, diz Stopfer, por parte de Alemanha, não houve uma demanda objetiva. “Pelo contrário, antes do G20, a chanceler Merkel deixou claro que, apesar de estar preocupada com o atual desmatamento do Brasil, isso não seria algo decisivo em relação a uma possível assinatura do acordo da UE com o Mercosul”, diz ela.
Para Astrini, do Greenpeace, pressão internacional costuma ter efeito prático – por exemplo, com restrições à compra de produtos agrícolas do Brasil -, mas isso será posto à prova no atual governo.
“O perigo é isso (a pressão) não ser levado a sério e (a redução da participação do Brasil no comércio global) agravar nossa crise econômica”, diz Astrini.
Para Mantovani, o Brasil poderia aproveitar a cobrança internacional para agregar valor à nossa produção agropecuária.
“Podemos responder à tendência internacional que pede por maior cuidado investindo em proteção, dizendo que para cada tonelada de soja que comprar do Brasil, você está protegendo rios, protegendo o ambiente. Poderíamos agregar esses atributos da natureza à nossa produção primária”, diz.
Izabella Teixeira defende que a discussão internacional sobre a preservação ambiental do Brasil seja vista não dentro de um contexto de “teoria da conspiração” e invasão de soberania, mas como algo que fez parte da política de Estado de diversos governos, inclusive para a obtenção de financiamento e comércio externos.
“O Brasil tem a tradição, até mesmo em governos da ditadura, de buscar a proteção de seus recursos naturais, independentemente de ideologias, como parte do interesse do Estado, e sempre lidou internacionalmente com isso por meio do diálogo”, diz.
Teixeira afirma que a fala de Bolsonaro comparando os dois países é “miopia política” a respeito da cooperação global para a preservação ambiental e “fruto de inexperiência para o diálogo internacional”.
A opinião é compartilhada por Mantovani. Ele lembra que Alemanha sempre foi parceira do Brasil na proteção ambiental. “Ao responder a cobrança de forma agressiva, o presidente está rasgando a maior contribuição que o Brasil recebe”, diz o geógrafo.
“Acho que não é uma questão de qual país pode ensinar o outro sobre como lidar com proteção ambiental e mudanças climáticas”, opina Stopfer, do KAS. “São questões globais que exigem esforços multilaterais. Compatilhar experiências e dar apoio mútuo é, portanto, essencial.”

fonte: G1 – June 29, 2019 at 10:44AM

#OGuiaOffshore

Brasil tem muito a ensinar sobre meio ambiente à Alemanha?


Críticas entre Merkel e Bolsonaro jogam luz sobre retrocessos ambientais e compromissos internacionais contra emissão de gases poluentes; veja como os dois países se destacam nessas áreas. Alemanha é a segunda maior contribuinte global para fundo de preservação desse bioma
Rede Globo/Reprodução
Mesmo antes de as reuniões no fórum do G20 começarem, a política ambiental do governo de Jair Bolsonaro já gerava discussões e troca de acusações.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse, na quarta-feira (26), considerar “dramática” a situação do Brasil em questões de meio ambiente e direitos humanos, ao que o presidente brasileiro respondeu que “a Alemanha tem muito a aprender com o Brasil” nessa área.
O presidente Jair Bolsonaro e a chanceler alemã Angela Merkel em encontro do G20
Brendan Smialowski / AFP
Como a Floresta Amazônica recebe dinheiro internacional para sua preservação e é considerada a maior reserva de biodiversidade do mundo, não é incomum que seja alvo de discussões internacionais. A Alemanha é a segunda maior doadora – com R$ 192,6 milhões até agora, atrás só da Noruega – do Fundo da Amazônia, que promove iniciativas para conservar a floresta brasileira.
No primeiro dia do G20, Bolsonaro diz que Brasil permanece no Acordo do Clima
G20: Líderes dos Brics afirmam estar comprometidos com os objetivos do Acordo de Paris
Será possível, porém, dizer, qual país pode ensinar o outro em proteção ambiental? A comparação feita pelo presidente faz algum sentido? O Brasil tem algo a ensinar sobre preservação do ambiente?
A BBC News Brasil ouviu especialistas que afirmam que é difícil comparar os dois países porque boa parte das diferenças entre eles na área envolvem questões históricas e geográficas.
Copa das árvores na Amazônia
Marcelo Brandt/G1
Além disso, dizem, discutir política ambiental não é uma questão de quem sai ganhando ou perdendo.
“A destruição do ambiente é um problema que precisa ser abordado de maneira global, e quando o ambiente é destruído, todos perdem”, afirma o geógrafo Mário Mantovani, diretor de mobilização da ONG SOS Mata Atlântica.
No entanto, é possível dizer onde cada país tem ou não avançado – e onde falta avançar.
“O Brasil já teve de fato avanços na questão da preservação, mas não foram conquistas do Bolsonaro, (…) que desmontou os órgãos de fiscalização e destruiu mecanismos que vinham garantindo pequenas conquistas”, afirma Mantovani. É importante lembrar, diz ele, que as críticas feitas por Merkel não foram ao Brasil como nação ou ao Estado brasileiro, mas ao governo Bolsonaro.
Aquecimento global: década pode ser a mais quente da história, diz agência britânica
Um amplo estudo científico publicado em maio afirma que Brasil é hoje – ao lado dos EUA – líder mundial em retrocessos ambientais. “Antes campeões em conservação global, Estados Unidos e Brasil estão agora liderando uma tendência mundial preocupante de grandes retrocessos na política ambiental, colocando em risco centenas de áreas protegidas”, diz comunicado divulgado pela Associação Americana Para o Avanço da Ciência.
Veja, a seguir, um panorama de ambos os países no que diz respeito a energia, florestas e compromissos ambientais.
Diferenças históricas
É bom lembrar que Brasil e Alemanha têm história e geografia completamente diferentes, que ditaram sua ocupação urbana, sua matriz energética e suas fontes de renda.
“A Alemanha tem uma história de ocupação extrativista de milhares de anos, além de um território menor, com maior densidade populacional”, explica Mário Mantovani.
Enquanto no Brasil, diz ele, pode se considerar que a ocupação tem 500 anos, porque os povos que viviam antes da colonização não tinham um impacto negativo no ambiente.
Outro exemplo é o fato de o Brasil ter maior abundância de rios, que favorecem uma matriz energética com menos emissão de CO2, além de uma economia mais voltada à agricultura do que a alemã. Isso impede comparações exatas entre os dois países.
Emissões e aquecimento global
Para o Greenpeace, a Alemanha ainda está longe de ser um exemplo ideal – ainda investe menos em proteção ambiental do que promete, segundo a ONG, e tem grande parte de sua matriz energética dependente do carvão e do petróleo, que são grandes fontes de emissão de gases que contribuem para as mudanças climáticas.
Segundo o Projeto Global do Carbono, a Alemanha emitiu em 2016 um total de 89,83 bilhões de toneladas de CO2, contra 13,88 bilhões de toneladas do Brasil – quantidade que, embora seja muito menor que a alemã, é considerada alta por especialistas, especialmente considerando nosso nível menor de industrialização.
Alemanha é um dos maiores emissores globais de CO2; tem, porém, assumido compromissos para reduzir isso
Pixabay/Reprodução
Só que, sob pressão de suas populações, países europeus como a Alemanha têm assumido (e cobrado) compromissos cada vez maiores com a preservação ambiental, diz à BBC News Brasil Marcio Astrini, coordenador de políticas públicas do Greenpeace. Ele vê o rumo oposto no Brasil.
“O caminho de países como a Alemanha ainda é insuficiente, mas o Brasil está no caminho oposto: Bolsonaro tem incentivado o desmatamento, coloca em dúvida o Acordo Climático de Paris (principal acordo internacional de redução de emissões de gases do efeito estufa) e sua diplomacia coloca em dúvida a própria existência (do aquecimento global)”, diz.
Ele se refere ao texto escrito pelo chanceler Ernesto Araújo, dizendo que a defesa ambiental foi “pervertida” pela esquerda e transformada na “ideologia da mudança climática”.
“O Brasil deu um cavalo de pau no que fazia até agora em questão climática e sai de uma posição em que tentava ajudar (a preservação ambiental) para uma de vilão climático”, afirma Astrini.
Para Mantovani, a postura do governo Bolsonaro em relação ao ambiente faz com que ele não esteja em posição de questionar a Alemanha.
“Como alguém que ameaça sair do Acordo de Paris pode questionar Alemanha, mesmo que o país seja um grande emissor, quando ela tem um compromisso de redução que esse governo não assume?”, questiona.
Destruição de matas nativas
Segundo a Comissão Europeia, os países da União Europeia, incluindo a Alemanha, abrigam hoje apenas 5% das florestas mundiais, depois de terem passado por um longo processo de desmatamento para a ocupação humana e a industrialização – o que tem exigido volumosos investimentos para a recuperação de matas nativas.
O Brasil, porém, teve processo histórico de destruição semelhante, aponta Izabella Teixeira, que foi ministra do Meio Ambiente nos governos Lula e Dilma (2010 a 2016).
“Temos duas florestas tropicais, e uma delas, a Mata Atlântica, foi destruída pelo desenvolvimento – só 10% estão hoje preservados”, afirma a ex-ministra à BBC News Brasil.
Mantovani afirma que, mesmo que já tenhamos conseguido reduzir o ritmo do desmatamento do passado – o país teve um período de queda de 70% nas taxas de desmatamento em 2013, na comparação com média entre 1996 e 2005, mas depois as taxas voltaram a subir.
Brasil tem matriz energética menos poluente, mas mais dificuldade em preservar suas florestas, diz Greenpeace
Ministério de Minas e Energia/Reprodução
Os especialistas citam como ameaça, por exemplo, a revisão das unidades de conservação, que, segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, poderão ter a área recalculada ou mesmo serem extintas. O ministro diz que as unidades foram feitas “sem critério técnico”.
Também há um projeto em andamento do senador carioca Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente, que quer acabar com as reservas legais, áreas protegidas de mata nativa em propriedades rurais que não podem ser desmatadas.
“Isso pode resultar em um desmatamento desastroso”, diz Mantovani. Além disso, aponta, houve um desmonte do mecanismo de fiscalização, que, segundo ele, já não recebia recursos suficientes. Bolsonaro chegou a chamar o Ibama de “indústria da multa”.
Matriz energética
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) compilados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), 60,7% da energia elétrica brasileira vem de hidrelétricas e há porcentagens importantes de outras fontes renováveis: 8,6% de biomassa e 8,7% de energia eólica, por exemplo. Segundo o relatório BP Energy Outlook, esses são os maiores índices encontrados em qualquer país.
A Alemanha, em contrapartida, ainda é muito dependente da energia vinda do carvão para alimentar suas indústrias e aquecer seus lares, diz Astrini, do Greenpeace.
Segundo a agência Bloomberg, em 2018, cerca de 35% de sua produção de energia vinha de diferentes tipos de carvão (contra 1,9% do Brasil), uma fonte extremamente poluente.
O país europeu comprometeu-se em janeiro a fechar todas as suas usinas de carvão ao longo dos próximos 19 anos, como parte de seus compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas. Ambientalistas, porém, têm pressionado para que esse prazo seja encurtado.
Amazônia
A Floresta Amazônica é questão central no debate ecológico internacional. O Brasil vinha conseguindo reduzir o desmatamento e tinha posição de destaque nas cúpulas climáticas internacionais, diz Astrini.
Observar aves na Amazônia é uma tarefa mais desafiadora do que em regiões de cerrado, pois muitas aves estão escondidas dentro da floresta e se movem com frequência
Samuel Melim/ Divulgação
No entanto, dados oficiais divulgados no final de 2018 de monitoramento da Amazônia apontaram um aumento de 13,7% no desmatamento em relação aos 12 meses anteriores – uma perda de 7,9 mil quilômetros quadrados, o equivalente a mais de cinco vezes a área de cidade de São Paulo, informou a ONG ambiental WWF. Foi a maior taxa desde 2009.
Em dez anos, um fundo internacional (o Fundo Amazônia) financiado sobretudo por Noruega e Alemanha injetou cerca de R$ 1,8 bilhão em projetos de preservação, mas sua eficácia foi alvo de questionamentos do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles – o que também gerou crítica de ambientalistas e mal-estar com doadores internacionais.
“A proteção da Amazônia tem papel crucial no equilíbrio do clima do planeta, o que explica o interesse dos demais países pelo uso racional, e não para atentar contra a soberania brasileira”, diz a ex-ministra Izabella Teixeira.
Para Nicole Stopfer, chefe do Programa de Segurança Energética e Mudança Climática da fundação política alemã Konrad-Adenauer-Stiftung (KAS), “se olharmos a partir de uma escala global, 13% das emissões de gases do efeito estufa vêm do desmatamento, então reduzir esse desmatamento é crucial para a comunidade internacional. Por isso, faz sentido a atenção internacional (na Amazônia)”.
Líderes do G20 posam para foto tradicional em Osaka, no Japão
Ludovic Marin / AFP Photo
Em entrevista à BBC News Brasil no G20 em Osaka, Ricardo Salles disse que o governo insistirá na mensagem de que é preciso explorar as possibilidades econômicas da Amazônia, diversificando as atividades dentro e no entorno da floresta.
G20 termina com apoio dos países aos fundamentos do livre-comércio
Ele ainda disse que o governo brasileiro vai exigir que países ricos paguem compensações a produtores rurais brasileiros se quiserem que o Brasil conserve mais a floresta.
Energia renovável e tecnologia
O relatório BP Energy Outlook de 2018 afirma que o Brasil foi o segundo maior consumidor global de biocombustíveis em 2016 e manterá essa posição até 2040, quando é esperado que um quarto de todos os combustíveis líquidos consumidos no país serão dessa fonte. O relatório também diz que as energias eólica e solar crescem “de forma relevante” no país. Esse potencial, porém, é subaproveitado, diz Astrini, do Greenpeace.
Exemplo de energia renovável
Pexels/Reprodução
A Alemanha, em contrapartida, é líder global em capacidade de produção de energia solar per capita, informa a Bloomberg. “Lá, de 8% a 10% da produção energética alemã é solar, contra 1% no Brasil”, diz o representante do Greenpeace.
“Isso apesar de a energia solar ser muito mais abundante aqui. Mesmo nossa pior área para energia solar é melhor do que a melhor área alemã. E o impacto econômico disso é grande: a energia solar tem o poder de tornar uma família livre de ter que pagar conta de luz. É algo que poderia ser uma política de geração de renda. E (a ausência disso) não é um problema deste governo, é algo histórico.”
A Alemanha também desponta em tecnologia verde, o que tem criado dividendos econômicos. Segundo Stopfer, do KAS, em 2017, “a indústria manufatureira alemã e o setor de serviços geraram 73,9 bilhões de euros (R$ 321 bi) na venda de produtos, obras e serviços voltados à proteção ambiental”. Ou seja, o comprometimento da Alemanha com tecnologias limpas já é parte importante da sua economia e do mercado de trabalho.
Em tecnologia agrícola, os especialistas afirmam que o Brasil já tem capacidade para produzir mais alimentos sem desmatar mais floresta, “mas é algo que ainda não fazemos e que nos daria uma grande vantagem competitiva”, opina Astrini.
Pressão internacional
A pressão veio também de outros países europeus. Bolsonaro também foi criticado pelo colega francês Emmanuel Macron, que afirmou que vetaria qualquer acordo comercial com o Brasil se o país deixasse o acordo climático de Paris. Nesta sexta, porém, ambos se encontraram e o Brasil (via comunicado dos Brics) manifestou compromisso com o pacto climático.
Asfalto que reduz emissões de CO2 sendo instalado em Stuttgart, na Alemanha, em abril; indústria voltada à proteção ambiental gera dividendos econômicos
Reuters
Horas depois, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia foi anunciado, e um dos termos estabelece que os países dos dois blocos econômicos se comprometeram a cumprir o Acordo de Paris.
“Outros analistas apontam também que o governo brasileiro terá de adotar um outro discurso na luta contra as mudanças climáticas se quiser o apoio da UE para sua demanda de entrar na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)”, aponta Stopfer, da fundação KAS.
No entanto, diz Stopfer, por parte de Alemanha, não houve uma demanda objetiva. “Pelo contrário, antes do G20, a chanceler Merkel deixou claro que, apesar de estar preocupada com o atual desmatamento do Brasil, isso não seria algo decisivo em relação a uma possível assinatura do acordo da UE com o Mercosul”, diz ela.
Para Astrini, do Greenpeace, pressão internacional costuma ter efeito prático – por exemplo, com restrições à compra de produtos agrícolas do Brasil -, mas isso será posto à prova no atual governo.
“O perigo é isso (a pressão) não ser levado a sério e (a redução da participação do Brasil no comércio global) agravar nossa crise econômica”, diz Astrini.
Para Mantovani, o Brasil poderia aproveitar a cobrança internacional para agregar valor à nossa produção agropecuária.
“Podemos responder à tendência internacional que pede por maior cuidado investindo em proteção, dizendo que para cada tonelada de soja que comprar do Brasil, você está protegendo rios, protegendo o ambiente. Poderíamos agregar esses atributos da natureza à nossa produção primária”, diz.
Izabella Teixeira defende que a discussão internacional sobre a preservação ambiental do Brasil seja vista não dentro de um contexto de “teoria da conspiração” e invasão de soberania, mas como algo que fez parte da política de Estado de diversos governos, inclusive para a obtenção de financiamento e comércio externos.
“O Brasil tem a tradição, até mesmo em governos da ditadura, de buscar a proteção de seus recursos naturais, independentemente de ideologias, como parte do interesse do Estado, e sempre lidou internacionalmente com isso por meio do diálogo”, diz.
Teixeira afirma que a fala de Bolsonaro comparando os dois países é “miopia política” a respeito da cooperação global para a preservação ambiental e “fruto de inexperiência para o diálogo internacional”.
A opinião é compartilhada por Mantovani. Ele lembra que Alemanha sempre foi parceira do Brasil na proteção ambiental. “Ao responder a cobrança de forma agressiva, o presidente está rasgando a maior contribuição que o Brasil recebe”, diz o geógrafo.
“Acho que não é uma questão de qual país pode ensinar o outro sobre como lidar com proteção ambiental e mudanças climáticas”, opina Stopfer, do KAS. “São questões globais que exigem esforços multilaterais. Compatilhar experiências e dar apoio mútuo é, portanto, essencial.”

fonte: G1 – June 29, 2019 at 10:44AM

#OGuiaOffshore

Preço médio da gasolina na bomba cai pela 7ª semana seguida, diz ANP


No primeiro semestre do ano, o valor médio do combustível para o consumidor final subiu cerca de 1,86%. Bomba de gasolina em posto da zona sul de São Paulo
Marcelo Brandt/G1
O preço médio da gasolina nas bombas terminou a semana em queda pela sétima vez consecutiva, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta segunda-feira (24).
O valor caiu 0,45%, para a média de 4,425 – uma redução de R$ 0,02 na comparação com a semana anterior. O número representa uma média calculada pela ANP com dados coletados em postos de diversas regiões. O preço, portanto, pode variar de acordo com o local pesquisado.
Nos primeiros 6 meses do ano, o preço da gasolina nas bombas subiu aproximadamente 1,86%.
O preço médio do diesel também terminou a semana em queda. O valor recuou cerca de 0,5%, para R$ 3,57, na quinta redução semanal seguida. Da mesma maneira que ocorre com a gasolina, o número é uma média calculada pela ANP e pode variar.
No primeiro semestre, o valor do diesel nos postos teve alta superior à da gasolina, de 3,44%.
Já o preço do etanol caiu 0,89% na semana, a R$ 2,778 por litro, em média. Foi a nona queda semanal seguida. No semestre, o valor do etanol para o consumidor teve queda de 1,59%.
A pesquisa também monitora o preço do botijão de gás de cozinha, que encerrou a semana custando, e média, R$ 69,15. O valor representa uma redução de 0,06% na comparação com a semana anterior, na quinta queda seguida. No primeiro semestre, o preço do gás caiu 0,08%.

fonte: G1 – June 28, 2019 at 08:17PM

#OGuiaOffshore

Prefeitura capacita mais 180 adolescentes do Programa Nova Vida

Dentro do trabalho da Prefeitura de Macaé de fomentar políticas públicas para a infância e a juventude, 180 jovens, entre 14 e 17 anos, do Programa Nova Vida, participaram de mais uma etapa do curso de formação oferecido pela Prefeitura de Macaé, na tarde desta sexta-feira (28), no auditório Claudio Ulpiano, bloco A, da Cidade Universitária. São jovens matriculados no Ensino Médio que, em breve, poderão estar cursando uma faculdade e ficaram atentos à palestra ministrada pelo secretário adjunto municipal de Ensino Superior, Márcio Magini, que apresentou a Cidade Universitária com os 18 cursos de graduação e sete de pós-graduação oferecidos, gratuitamente, pela FeMASS, UFF e UFRJ. Eles também conheceram um pouco da Educação integrada que a prefeitura oferece, da Educação Básica ao Ensino Superior e como sempre serem cidadãos de bons valores.
"A universidade está aqui para vocês, faz parte da vida de cada um. Este é o momento de aproveitarem a oportunidade que a prefeitura está lhes dando. É importante se juntarem a pessoas que queiram coisas boas para vocês e estudarem sempre porque o conhecimento é o único caminho para uma vida de qualidade. Não há outro e vocês devem usar o cérebro da melhor forma", definiu o secretário.
Magini falou também do projeto “Casa do Estudante Educa” que oferece, de forma voluntária e gratuita, monitoria de diversas disciplinas aos alunos do município, a partir do 8º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio, como reforço no processo de ensino e aprendizagem e aos cidadãos em geral interessados em fazer concursos como o Enem. O trabalho de monitoria é feito pelos universitários contemplados com moradia estudantil oferecida pela prefeitura, por meio de seleção pública, no antigo Hotel Colonial, no bairro Imbetiba.
Os adolescentes do Nova Vida vão desfilar no aniversário de Macaé, em 29 de julho, e já estão se preparando para este momento que faz parte da história da cidade. “Estou gostando muito do programa, tem sido importante na minha vida porque estou aprendendo muitas coisas e tendo oportunidade de levar esses ensinamentos para a minha vida e a minha família”, disse Tales da Silva Ribeiro, 14 anos, morador no bairro Lagomar, um dos que participaram da formação nesta sexta.
O coordenador do Nova Vida, Douglas Fontes, falou da importância do curso na vida desses jovens.
"Mensalmente, eles assistem a palestras com motivação profissional e pessoal e, dessa forma, descobrem que é possível chegar à universidade e que o Nova Vida existe para que o futuro deles seja o melhor", destacou Fontes.
Ele disse que os jovens também fazem cursos práticos como de Robótica, em parceria com o Laboratório Inovar e Aprender, da Secretaria Municipal de Educação, e outros. Já assistiram à palestra sobre Sonhos e Perspectivas, com a assistente social Elaine Antunes que falou sobre como construírem os projetos de vida.
Conheça o programa
Atualmente, o Nova Vida tem 379 adolescentes de 14 a 17 anos e 11 meses e receberá mais 121 jovens na próxima semana, totalizando 500 meninos e meninas aprovados em processo seletivo realizado no fim do ano passado. O programa é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e o concurso foi realizado em parceria com a Secretaria de Ensino Superior.
Os jovens exercem atividades de 20 horas semanais em secretarias municipais, sendo quatro horas diárias, de segunda a sexta-feiras, em horário compatível à frequência deles na escola regular, e recebem, por mês, meio salário mínimo nacional. Para participar, os adolescentes precisam estar com boas notas comprovadas na escola e ter frequência escolar satisfatória.

fonte: Prefeitura de Macaé – June 28, 2019 at 04:00PM

#OGuiaOffshore

Irã fala de ‘progressos insuficientes’ em negociação de acordo nuclear


Houve um encontro do Irã com representantes da França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China. Em foto de 13 de janeiro de 2015, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, visita usina nuclear em Bushehr
AP Photo/Iranian Presidency Office, Mohammad Berno
Progressos foram feitos para ajudar o Irã a superar o efeito do restabelecimento das sanções americanas, mas esses esforços são insuficientes, disse nesta sexta-feira (28) o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, após uma reunião em Viena com as grandes potências que assinaram em 2015 o acordo sobre seu programa nuclear.
“Tivemos alguns progressos”, destacou Abas, que fez menção a “um passo à frente”, “mas que ainda não é suficiente, não atende às expectativas do Irã”, acrescentou após o encontro com representantes da França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China.
Asfixiado pelo restabelecimento das sanções americanas, Teerã exige poder seguir exportando seu petróleo para continuar dentro do acordo nuclear de 2015, debilitado pela retirada unilateral de Washington em maio de 2018.
No final da reunião, a China assegurou que continuaria a importar petróleo iraniano, apesar da pressão exercida pelos Estados Unidos.
“Não seguimos a política chamada “zero” (importação de petróleo iraniano) dos Estados Unidos “, disse à imprensa Fu Cong, diretor-geral de controle de armas do ministério chinês das Relações Exteriores.
“Nós rejeitamos a imposição unilateral de sanções”, acrescentou
Araghchi e a representante da diplomacia da UE, Helga Schmid, também disseram que o mecanismo europeu para ajudar o Irã a superar as sanções dos Estados Unidos, o Instex, agora está operacional.
“Mas para que o Intex seja útil para o Irã, é necessário que os europeus comprem petróleo iraniano, ou que planejem uma linha orçamentária”, alertou Araghchi.
O vice-ministro iraniano afirmou que as partes do acordo se reuniriam novamente em nível ministerial, “muito em breve”, possivelmente nas próximas semanas.
Enquanto isso, o Irã continuará seu processo de retirada gradual do acordo nuclear, disse o diplomata.
“A decisão de reduzir nossos compromissos foi tomada e continuaremos esse processo até que nossas exigências sejam atendidas”, ressaltou.
As principais potências que ainda são partes do acordo e o Irã se reuniram nesta sexta (28) em Viena para tentar salvar o acordo de 2015, destinado a garantir a natureza estritamente pacífica do programa nuclear iraniano em troca de uma suspensão das sanções contra Teerã.
Ameaça de ultrapassar o limite
Barack Obama fala sobre o acordo nuclear com o Irã, em 2015
Andrew Harnik/Reuters
Assinado pelo governo de Barack Obama, esse texto foi enfraquecido pela retirada unilateral decretada pelo presidente Donald Trump em maio de 2018 e pela reintegração das sanções americanas, com ameaças de retaliação contra os países que as violarem.
Teerã alertou no início de maio que se as sanções não forem realmente flexibilizadas, o Irã deixará de cumprir algumas das disposições do acordo.
Neste sentido, pretende ultrapassar o volume máximo autorizado, previsto no acordo de Viena, de suas reservas de 300 kg de urânio enriquecido, elevando a 3,67%.
Além disso, ameaçou enriquecer urânio a partir de 7 de julho acima dos 3,67% autorizado no acordo.
Apesar de tudo, um representante iraniano que pediu anonimato acrescentou que Teerã poderia recuar e voltar aos limites autorizados “dentro de meia hora” se houvesse progresso nas negociações com os demais integrantes em relação às exportações de petróleo da república islâmica.

fonte: G1 – June 28, 2019 at 06:32PM

#OGuiaOffshore

Nova Vida: prefeitura divulga nova lista de convocados

A Prefeitura de Macaé realiza a quarta convocação para habilitação dos jovens que passaram no processo seletivo do Nova Vida. Os adolescentes classificados estão sendo convocados para ingressarem no programa. As apresentações devem acontecer de acordo com a data específica na relação nominal da convocação. O período começa nesta terça-feira (2/07) e vai até o dia 10 de julho. A lista está disponível no site oficial da prefeitura.
Os adolescentes convocados devem comparecer na sede da Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos, na Avenida Presidente Sodré, 466, terceiro andar, Centro. O atendimento é entre 9h e 16h. É necessária a apresentação dos seguintes documentos: CPF, Carteira de Identidade, Certidão de Nascimento, Comprovante de Residência com nome do responsável, Declaração Escolar e Número do NIS.

fonte: Prefeitura de Macaé – June 28, 2019 at 03:15PM

#OGuiaOffshore

Petrobras altera prazo final de apresentação de propostas para arrendamento das Fafens de Sergipe e da Bahia


Segundo a companhia, vence a empresa que apresentar o maior preço para o arrendamento no período de dez anos, renováveis por mais dez. Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados em Sergipe
Mário Sousa/Governo de Sergipe/Divulgação/Arquivo
A Petrobras alterou o prazo de entrega de propostas para o arrendamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE) e da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA).
As propostas, restritas às três empresas pré-qualificadas deverão ser entregues no dia 9 de agosto. O prazo anterior era até o dia 22 de junho deste ano. Segundo a companhia, vence a empresa que apresentar o maior preço para o arrendamento no período de dez anos, renováveis por mais dez.
Ainda de acordo com a empresa, no dia 7 de junho foram concluídas as visitas técnicas dos licitantes nas fábricas de fertilizantes e, atualmente, está sendo realizada a etapa de esclarecimentos das questões apresentadas.
A Petrobras iniciou no dia 10 de janeiro o processo de arrendamento da fábrica de fertilizantes, localizada em Sergipe.
De acordo com a companhia, o processo seguirá os ritos e atos da Lei Federal 13.303/2016 (Lei das Estatais).
Justiça
No dia 17 de abril, o juiz federal Ronivon de Aragão mandou suspender o processo de hibernação da Fafen-SE, dando um prazo de 30 dias para a suspensão. O pedido foi da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e na terça-feira (16) a Justiça Federal de 1ª Instância da 5ª Região deferiu a solicitação.
O fechamento da fábrica em Sergipe e na Bahia foi anunciado em março do ano passado. O motivo, segundo a Petrobras, foi a perda com a produção de fertilizantes. Em 2017 a estatal disse que perda chegou a R$ 600 milhões.
A Petrobras informou que obteve uma decisão favorável revertendo a liminar que suspendia a hibernação da fábrica de fertilizantes na Bahia (Fafen-BA). Dessa forma, a companhia seguirá com os procedimentos para a hibernação da unidade.
Reunião
Em 1º de abril o governador Belivaldo Chagas (PSD) participou de uma reunião para tratar da viabilidade da Fafen em Sergipe.
Belivaldo destacou que a Petrobras, o Governo Federal e o Governo do Estado precisam estar de mãos dadas diante do que a Fafen representa para a região e para o país. Ele afirmou que existe a proposta de arrendamento por 15 anos, tempo necessário para que a empresa possa investir.
Para o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, do Ministério de Minas e Energia, Marcio Félix, o gás natural será um elemento de inovação para atrair investimentos importantes para a região. “Sergipe será um grande produtor de gás natural vindo do mar, além de ter uma termelétrica que vai trazer gás importado liquefeito e a gente está discutindo o consumo de um milhão de metros cúbicos de gás na Fafen”, disse Marcio.
Processo de hibernação
A Petrobras informou em 1º de fevereiro que iniciou o processo de hibernação da fábrica de fertilizantes em Sergipe (Fafen-SE) e que segue com o processo licitatório para arrendamento desta unidade aguardando propostas dos potenciais interessados.
De acordo com a Petrobras, em 2017, ela já havia decidido pela saída do negócio de fertilizantes em função da persistência de significativos prejuízos e consequente destruição de valor decorrente da operação desses ativos.
Ainda segundo a companhia, foi oferecido aos empregados lotados na fábrica oportunidades de movimentação interna que conciliem perfis e perspectivas pessoais com as necessidades da empresa. Um efetivo mínimo permanecerá em rotina operacional com o objetivo de garantir a integridade e a segurança das instalações.
Além disso, para suavizar o impacto social na região de Laranjeiras (SE), a Petrobras disse que está desenvolvendo um plano de projetos sociais em associação com instituições de ensino, com investimentos previstos no valor de R$ 26 milhões para o período de 2019 a 2022.
Sobre a Fafen-SE
A Fafen-SE é uma unidade de fertilizantes nitrogenados com capacidade de produção total de ureia de 1.800 t/dia. Também comercializa, amônia, gás carbônico e sulfato de amônio (também usado como fertilizante).
A Fafen em Sergipe entrou em operação em outubro de 1982 e o anúncio do fechamento da fábrica provocou uma série de protestos. Cerca de 1.500 postos de trabalho direto podem acabar, e mais 5 mil empregos indiretos.
Sobre a Fafen-BA
A Fafen-BA iniciou suas atividades em 1971, com foco na produção de fertilizantes nitrogenados. Os principais produtos da fábrica são amônia, ureia, gás carbônico e Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32).

fonte: G1 – June 28, 2019 at 06:00PM

#OGuiaOffshore